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Quais são os sinais de alerta do Transtorno do Espectro Autista?

Sabe aquela frase “cada criança tem seu tempo”? Mas não se apavore, nesse texto falaremos sobre isso.
Quais são os sinais de alerta do Transtorno do Espectro Autista?

Hoje em dia muito se fala sobre a importância da intervenção precoce no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mas, será que você sabe o por que disso?

No desenvolvimento infantil temos algumas janelas de oportunidades que possibilitam o nosso cérebro a aprender novas habilidades.

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O bebê e a criança possuem uma neuroplasticidade muito maior do que os adultos, o que justifica a facilidade para aprender novos idiomas, por exemplo.

Quando você identifica um atraso do desenvolvimento é ideal que procure corrigi-lo através da estimulação adequada.

Sabe aquela frase “cada criança tem seu tempo”? Bem, ela não é tão verdadeira assim. Mas não se apavore, combinado?

Quando se trata de seres humanos é impossível dizer com exatidão qual é a idade exata que tem que andar, pois não somos uma ciência exata. Pensando nisso, os cientistas estipulam uma média de idade: de tantos a tantos anos é esperado que se faça tal coisa.

Por isso, mesmo lendo esse texto e identificando os sinais de alerta para o autismo, procure uma avaliação psicológica. Converse com profissionais e investigue. Não precisa se desesperar, vai ficar tudo bem.

Agora que vocês já sabem que a faixa etária diz o que é esperado dos bebês em cada mês, vamos conversar sobre os marcos mais importantes para a avaliação dos sinais e sintomas de risco de autismo.

A literatura científica aponta que é possível identificar o TEA em bebês a partir dos 3 meses, mas também relata que aos 6 meses é mais fácil notar essas diferenças.

Dos 2 aos 5 meses é esperado que a criança fixe o olhar nos objetos, reaja aos sons do ambiente, olhe nos olhos dos cuidadores durante as mamadas e trocas de fralda. Além disso, eles precisam emitir sons, retribuir sorrisos e demonstrar interesses por rostos humanos.

No caso de bebês com autismo, eles demonstram ter mais interesse em olhar para objetos do que pessoas, não fazem trocas de olhares e não retribuem o sorriso. Essas características já apontam para possíveis dificuldades em relacionamentos interpessoais.

Já dos 6 meses aos 11 meses é esperado que sorria e interaja com outras pessoas, localize sons, acompanhe objetos com os olhos, sabem repetir sílabas e brincar de “achou”.

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Quais são os sinais de alerta nessa faixa etária? A ausência de interesse pelo outro e a falta de interação social. Vale ressaltar que a ausência de trocas de olhares podem se manter.

Aos 12 meses é esperado que o bebê consiga imitar gestos, por exemplo, dar tchau e bater palmas. Quando você o chama pelo nome, olham na sua direção.

Começam a produzir sons como se fosse uma conversa consigo mesma. Além disso, apontam para as coisas que querem.

No caso de crianças com autismo é comum que ocorra a ausência de balbucios e conversas em “bebênes” e quando você os chamam pelo nome não olham.

Costumam não compartilhar a atenção ao apontar para objetos, parecem não dar bola para os gestos que outros fazem com o intuito de interagir com os mesmos.

Aos 15 meses é esperado que troque sorrisos, sons e gestos ao interagir com pessoas. Se você dá um comando para dar tchau, por exemplo, o faz sem dificuldades. Aqui é esperado que se fale ao menos uma palavra com função comunicativa.

Aos 18 meses precisam falar no mínimo 3 palavras, além de reconhecer as pessoas e as partes do corpo quando você pede para mostrar.

Já conseguem brincar de faz de conta. Caso a criança não expresse o que quer ou só reproduz frases já ouvidas (ecolalia), é um sinal de alerta.

Aos 24 meses a criança é capaz de brincar de faz de conta, formar frases de duas palavras que possuam sentido e intenção de se comunicar. Costumam gostar de estar com crianças da mesma idade e de brincar com as mesmas.

Quando solicita que pegue um objeto, sabe responder a esse pedido. Se não faz nenhuma dessas características e/ou não fala frases que não sejam repetição, é um outro sinal de alerta (bandeira vermelha).

Por fim, aos 36 meses é esperado que saiba fingir ser um personagem ao brincar de faz de conta, que consiga expressar sua preferências ao brincar com outras crianças e consiga inserir nas brincadeiras uma ação e um pensamento, por exemplo: estou com fome, vou comer.

Já conseguem responder perguntas simples como “onde”, “o que”? Caso tenha identificado alguma dessas características, procure um psicólogo.

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Sobre o autor(a)

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Carolina M. Machado

Psicóloga Carolina M. Machado formada e Pós Graduada em Transtorno do Espectro Autista pelo CBI of Miami. Perita judicial honorária pelo Curso beta. Ama estudar assuntos voltados a Transtornos Globais do Desenvolvimento.
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