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8 dicas para mães ajudarem seus filhos na quarentena

As crianças e adolescentes estão enfrentando dificuldades em compreender e lidar com a situação de confinamento social devido à pandemia.
8 dicas para mães ajudarem seus filhos na quarentena

Olá a todos! Espero que estejam seguros e se cuidando!

O artigo de hoje trata novamente das relações familiares, uma vez que crianças e adolescentes, em qualquer idade, estão enfrentando dificuldades em compreender e lidar com a situação de confinamento social devido à pandemia.

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Como os pais podem ajudar?

1.Conversem com os filhos

Expliquem o que está acontecendo, em linguagem adequada à idade e condição da criança (inclusive, para pais de crianças surdas, já existe o sinal de “coronavírus” em LIBRAS, sabiam?), que é uma doença perigosa, que pode deixar a pessoa muito doente, etc.

2. Permitam que eles falem como se sentem

Permitam que eles falem como se sentem, como entendem a situação.

Deixem que expressem meus medos, raiva, dúvidas, confusão com o planejamento escolar, frustração por quê não podem descer e brincar no parquinho, na piscina, na brinquedoteca, não podem viajar, não podem ir a parques, cinema…

3. Expliquem sobre a saudade da escola e dos colega

Expliquem que a saudade da escola e dos colegas vão terminar quando essa pandemia passar.

Mesmo crianças que não gostam da escola podem manifestar saudades da rotina escolar e dos amigos.

Expliquem que quando tudo isso passar e as pessoas puderem voltar a circular normalmente pelos espaços públicos, logo a rotina escolar será retomada.

4. Permitam que se comuniquem com avós, demais familiares

Permitam que se comuniquem com avós, demais familiares e, principalmente, com o(a) genitor(a) não convivente.

Agora temos uma comunicação digital avançada, e acessível mesmo a crianças bem pequenas.

Bem diferente do que ocorreria há uns 10 ou 15 anos atrás, com aqueles celulares Nokia que só tinham funções de telefone e, no máximo, envio de SMS.

Agora temos mais opções e recursos de comunicação com quem esteja distante, explicando para ambos (criança e avós, que também sentem saudades e por vezes não entendem porque a família não pode visitá-los com a mesma frequência), que é “só por um período”, que é importante para evitar contágio da doença, etc.

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O(a) genitor(a) não convivente também deve ter sua comunicação facilitada com a criança, para que não se caracterizem atos de alienação parental.

Uma vez que genitores(as) guardiães(ãs) costumam se aproveitar desse período para obstruírem o contato virtual do(a) outro(a) genitor(a) com a criança, não respeitando o direito da criança em conviver equitativamente com ambos os genitores, conforme as circunstâncias permitirem.

5. Acompanhe a rotina escolar dos filhos

Acompanhe a rotina escolar dos filhos. Agora eles estão estudando em casa, e precisam ter uma rotina: horário, alimentação, conforto, iluminação, sem barulhos, etc.

Nem sempre é fácil quando se tem um único computador ou notebook para toda a família, considerando-se que podem ter mais crianças, assim como os pais também podem precisar dele para trabalhar em home office (e às vezes com horários semelhantes aos do trabalho original).

Mesmo quando cada criança também tem celular, nem sempre é produtivo porque o estudo online pode ser facilmente desviado por jogos e bate-papo nas redes sociais.

Diálogo e negociações são as palavras-chave: estipularem tabelas de horários, acompanhamento das lições, discussão de conteúdo.

Algumas escolas disponibilizam plantão de professores para tirarem dúvidas, então é importante que os pais estabeleçam comunicação com eles, como se fosse na rotina escolar presencial.

Por vezes pedir ajuda diretamente ao professor sobre como ajudar o filho a estudar em casa pode ser extremamente positivo.

6. Observem eventuais mudanças de comportamento do(a)/s filho(a)/s.

A ansiedade, o estresse, a depressão, podem se manifestar e/ou se agravar nesse período, já que a criança/adolescente agora tem que ficar em casa, com poucos contatos, poucas distrações.

Por vezes, consciente ou inconscientemente, absorvem a ansiedade e o nervosismo dos pais.

Se presenciam brigas constantes, alcoolismo, falta de diálogo dos pais, podem se sentir ainda mais ansiosos e inseguros.

Crianças podem manifestar maior agressividade ou hiperatividade, assim como adolescentes podem querer ficar mais no quarto e não conversarem com ninguém.

É importante que saibam que não estão sozinhos, e que logo vão poder retomar a vida escolar e social.

Mesmo que os pais tenham prejuízos materiais (ex.: perda de emprego, fechar o negócio), podem se ‘reinventar’ e isso pode ser um modelo positivo para os filhos.

É importante os pais acompanharem o comportamento dos filhos, principalmente daqueles que já apresentem algum quadro clínico antes da pandemia (ex.: depressão, TEPT por violência ou abuso sexual, etc.), não deixando de agendar consultas com psicólogo/psiquiatra e medicação (se houver).

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7. Programem atividades culturais, de lazer, mesmo dentro de casa

Programem atividades culturais, de lazer, mesmo dentro de casa. Existem lives de artistas, passeios virtuais a museus, teatros, exibições grátis de filmes, música (até ópera!).

Existem sites que disponibilizam sugestões de brincadeiras com as crianças, usando material de casa: caixas de papelão, toalhas, canudos, garrafas pet, etc.

8. Não se desfaçam do animal de estimação

Não se desfaçam do animal de estimação. Ele NÃO transmite vírus. Isso mesmo: animais domésticos de sangue quente (cachorros, gatos) podem ser portadores da COVID-19, mas não são transmissores.

Vi isso em um curso online na UNIFESP. Houve notícias de leões e tigres do zoológico de NY que apresentaram o vírus, mas isso porque receberam de algum humano (talvez, algum tratador, portador assintomático).

Nesse período de angústia da criança/adolescente por causa do isolamento social, ela pode se apegar ao animal de estimação.

Então, tomando-se os devidos cuidados normais de higiene humana e animal, não se desfaça do animal.

De qualquer forma essa pandemia vai nos fazer diferentes do que éramos.

Vai nos fazer reavaliar nossas prioridades, já falei isso em outro artigo, assim como vários profissionais estão também chegando a essa conclusão.

Alguma lição positiva temos que tirar disso (talvez, o fato de que até agora estávamos enredados em consumismo e prazerem imediatos, e isso nos reavalie para valorizarmos o que é essencial, e os afetos e carinho dos nossos familiares e amigos).

É isso, espero que tenham apreciado, e que esse artigo traga importantes reflexões.

Cuidem-se! Até o próximo artigo.

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Sobre o autor(a)

Picture of Denise M. Perissini

Denise M. Perissini

Psicóloga clínica e jurídica. Coordenadora da Pós Graduação em Psicologia Jurídica na UNISA e professora na UNISÃOPAULO. Autora de livros e artigos de Psicologia Jurídica de Família.
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