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Carência: O medo do abandono

Esse medo não se reconhece, são angústias e muitas indecisões que alteram nosso estado espiritual e emocional.
Carência O medo do abandono

Carência é um assunto sério e nos dias atuais é de extrema importância devido a inusitada experiências de confinamento social que o mundo está vivenciando.

Foi comprovada a que nesse ambiente a carência está afetando a vida de muitas mulheres principalmente.

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A sensação de medo da morte, medo de perder, medo do desconhecido obriga as pessoas a se protegerem.

Esse medo não se reconhece, não se entende, não é visível e o desconhecido gera desconfiança, ansiedade, angústias e muitas indecisões que alteram nosso estado espiritual e emocional.

E, consequentemente nossa capacidade de fazer escolhas, tomar decisões importantes ficam comprometidas. 

Carência em um ambiente seguro e harmonioso pode gerar um sofrimento profundo ou não, isto é, todas as nossas dores depende sempre da intensidade vivida ou experimentada e pelas mais variadas emoções e sentimentos despertados.  

A carência leve é aquela que não machuca, a pessoa não sofre, ela aceita a falta e percebe o que está acontecendo, sabe o que falta e ainda percebe os motivos.

Deste modo, a pessoa encontra recursos internos e externos para suprir aquilo que falta, ou seja, sabe satisfazer o seu desejo.

Dentro desse contexto, nasce o desejo, desejo de possuir, consumir, fazer, criar, refazer, recriar, melhorar, solucionar e nasce junto a imaginação, a linguagem, a elaboração, o raciocínio…

Funções tão necessárias para a solução de problemas, e, funções essas que aos poucos vão se tornando cada vez mais complexas e requintadas.

Somos movidos por essa profunda inquietude interior, muitas vezes difícil de descrever e de nomear.

As pessoas costumam descrever a carência como um buraco no peito, um vazio interior, uma sensação estranha e a maioria não sabe o que fazer com esse vazio existencial.

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A carência nasce na primeira infância quando o bebê ainda necessita muito dos cuidados materno para a sua sobrevivência.

Nessa fase o bebê ainda não possui todas as funções psicobiofisicas e as funções cognitivas prontas, estão ainda em  desenvolvimento.

O bebê manifesta o bem estar dormindo, sorrindo, se algo o incomoda ele vai manifestar seu desconforto pelo choro, pelo espernear e a mãe (ou a cuidadora) vai em socorro para aliviar esse desconforto.

Nesse momento a criança ainda não possui compreensão do que está acontecendo, mas o bebê sente o abandono, o desconforto que não passa, a insatisfação e ele vai chorar cada vez mais alto.

Quando a mãe consegue identificar e resolver a situação o bebê fica tranquilo novamente.

Mas nesse meio tempo ele registrou esse desconforto como abandono e a sensação de vazio surge como uma marca.

Muitos outros desconfortos vão surgir na infância e também na vida adulta. Podem surgir doenças, acidentes, afastamento da mãe ou do pai por diversos motivos.

Essa repetição de desconforto em em algum momento são classificados, identificados, recebe um nome ou não, e é esse nomear que vai diferenciar a intensidade emocional da carência.

Assim o adulto carente repete uma situação que ele conhece: a falta, o abandono, a não satisfação, a sensação de vazio, etc.

O adulto carente sempre irá fazer algumas ações para aliviar a tensão provocada pelo desconforto, pela falta nomeada ou não.

Geralmente, a primeira ação é o alimento, a geladeira, mas pode ser muitas outras coisas (compras em demasia sem necessidade, uso de bebidas alcoólicas, uso de drogas, sexo, etc) na desesperada tentativa de preencher esse vazio e soma-se ainda outras necessidades básicas (necessidade de ser amada, de ser reconhecida, de ser apreciado, valorizado, necessita do contato, de colo, necessidade da mãe). 

Nesse momento de isolamento as pessoas carentes são as que estão mais vulneráveis e sofrendo de ansiedade, aumentando a sensação de falta e abandono, podendo adoecer fisicamente, sentir-se deprimida, sem vontade de dar continuidade em pequenas coisas do dia a dia, ou ainda encontrando desculpas para visitar amigos, parentes sem se preocupar com os devidos cuidados ainda tão necessários para a prevenção do covid-19.

Os Sinais da extrema carência são comportamentos exagerados por:

  • Compra por impulsos (só depois percebe que nem sabe como pagar);
  • Aumento no uso bebidas alcoólicas; ciúmes excessivo;
  • Submissão e dificuldade de dizer não;
  • Medo de desagradar;
  • Medo de ser abandonada;
  • Uso de drogas ilícitas;
  • Necessidade exagerada de sexo, entre outros.

Se perceber esses comportamentos em você ou em algum amigo ou familiares, busque ajuda de um profissional para te orientar.

Esses comportamentos desencadeiam e evidenciam um descontrole emocional sério com tendência a se tornar cada vez mais intenso.

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Sabemos o quanto o contato físico é importante e necessário para a saúde emocional, para os relacionamentos.

As relações devem continuar a existir na pandemia, mas com todos os cuidados importantes e necessários. 

Então carência é uma sensação, uma emoção que todos nós temos e como o medo tem uma função importante que garante a nosso sobrevivência, nos protege e nos movimenta em direção às nossas conquistas, aos nosso sonhos.

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Sobre o autor(a)

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Cleuse Alves Nogueira

Psicóloga Cleuse Alves Nogueira. Atualmente trabalho somente na clínica escolhi a abordagem Junguiana coligada às Técnicas corporais, por viver em meu corpo todas as emoções fundamentais da vida.
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