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Como a mãe transmite o que sente para o bebê?

A medida que o nosso sistema biológico vai se desenvolvendo, construímos nossa primeira relação. Pois, tudo o que a mãe vivencia é transmitido para o feto.
Como a mae transmite-o-que-sente-para-o-bebe

Escrever sobre relacionamentos é escrever sobre as complexidades da vida.

A vida é feita de Relações, emoções e como recebemos e transmitimos nossos pensamentos, sentimentos nos mais variados ambientes.

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É o que dá o colorido de nosso bem estar físico e mental.  

Podemos pensar em um tabuleiro gigante no qual somos inseridos assim que nascemos ou como muitas pessoas acreditam, e eu sou uma delas, que muito antes de nascermos já há um movimento energético acontecendo no sistema familiar no qual nascemos.

Ambiente Uterino – o inicio da grande jornada

Enquanto estamos nos desenvolvendo no ventre materno,  estamos nos  preparando para essa grande jornada.

Nesse ambiente materno, na medida que nosso sistema biológico vai se desenvolvendo construímos nossa primeira relação, pois recebemos informações.

Também somos afetados pelas emoções do ambiente externo vindo através dos movimentos do mundo interno da mãe, da musculatura, da corrente sanguínea via cordão umbilical. 

Hoje, os estudos científicos provam por imagens e tecnologias de ponta, mais especificamente a Epigenética, que tudo o que a mãe vivencia é transmitido para o feto.

Seus pensamentos, ambições, medos, inquietações, doenças, alegrias, tristezas.

Tudo isso, causa alteração na corrente sanguínea, ora ficando mais intensa ora mais lenta.

Deste modo, o útero se torna mais frio ou mais quente, e o bebê percebe esse movimento (embora ainda não saiba o que é). 

Essa primeira percepção fica marcada na memória corporal e na estrutura da formação mente/corpo.

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Ou seja, fica registrada no sistema nervoso em formação e nas células corporais.

Nesse momento já se considera um relacionamento, uma troca de energia entre mãe/bebê.

Essa relação com a mãe é a principal e permanece por toda a infância, e muitas vezes pela vida toda. 

Relacionamentos afetivos uma Perspectiva Biológica

No início da infância, as sensações, os sentimentos, os pensamentos, o sistema nervoso e todas as funções neurológicas, motoras, psicológicas e cognitivas ainda estão se estruturadas.

A criança vai experimentando tudo, sem muito entendimento ou elaboração e mesmo assim, tudo vai sendo guardado.

As vivências, as experiências vão se transformando em histórias de traumas ou de superações que podem ou não continuar se repetindo na vida adulta.

Podem se repetir nos diversos relacionamentos afetivos sejam eles com os pais, maridos, parceiros, chefes, amigos, familiares.

Deste modo vão se estruturando os relacionamentos futuros, a estrutura corporal, os mecanismos de sobrevivência, a capacidade de resiliência e as principais emoções que regulam nossa ação no mundo.

O que estou apresentando aqui é apenas um rascunho, há muitas outras informações atuando no nosso desenvolvimento.

O que importa para nosso entendimento sobre relacionamentos é que a mãe é a pessoa fundamental em nossas vidas.

É através dela que viemos ao mundo, é ela quem nos alimenta física e emocionalmente.

A mãe é nosso primeiro amor, nosso primeiro relacionamento e esse relacionamento é forte, intenso, e de difícil separação. 

Sim, precisamos nos separar desse amor primeiro para ir ao encontro de outros parceiros, parceiras.

Enquanto não estiver bem resolvido nossa relação com a mãe, não conseguimos ir ao encontro do pai.

E na verdade é a mãe quem precisa apresentar o pai, é ela quem oferece ou não o pai à seus filhos. 

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A mãe saudável, filhos com mais autonomia

A mãe saudável irá nutrir a criança em todos os aspectos físicos e emocionais sem dar demais nem de menos.

Entende e observa as necessidades reais dos filhos e não se deixa enganar pelas artimanhas infantis.

Tem consciência de sua função maternal passageira e ainda traz dentro de si a figura masculina protetora.

Ela respeita tanto o masculino quanto o feminino, sabe discernir entre o certo/errado, bom/mau, entre o que é essencial e não essencial.

Deste modo cria seus filhos para o que eles possam crescer em autonomia e responsabilidade desde pequenos.

A mãe saudável irá buscar seu próprio autoconhecimento para se tornar cada vez mais desnecessária.

Enquanto mãe não quer ter os filhos agarrados a ela, pois ela tem vida própria e quer usufruir de todo o seu potencial criativo.

A sabedoria instintiva da vida

Ela quer que eles sejam independentes, fortes, saudáveis, crescendo como adultos responsáveis e conscientes de sua condição de humano, respeitando tanto a si mesmo quanto ao outro com sua capacidade de autogerir.

Essa mãe sábia e saudável  era ensinada pelas genitoras, avós, tias e com outras mulheres e esse conhecimento era passado de geração a geração como meio de preservação da vida.

A sabedoria instintiva da vida é que contribuiu para com a nossa sobrevivência, a observação apurada dos ciclos da vida, o respeito à natureza, os sinais corporais, eram e ainda são a fonte de saúde e de vida.

Os relacionamentos amorosos e afetivos nascem desse respeito à natureza, caso contrário não sobrevivem. 

E, se observarmos a nossa volta perceberemos esse desrespeito à natureza e ao próprio corpo em larga escala.

Observem os relacionamentos, o seu relacionamento, os relacionamentos familiares. O que acontece na nossa sociedade atual?

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Sobre o autor(a)

Cleuse Alves Nogueira

Cleuse Alves Nogueira

Psicóloga Cleuse Alves Nogueira. Atualmente trabalho somente na clínica escolhi a abordagem Junguiana coligada às Técnicas corporais, por viver em meu corpo todas as emoções fundamentais da vida.
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