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Por que é perigoso não ensinar sobre sexualidade na escola?

É importante que familiares, professores e profissionais se apropriem e discutam sobre sexualidade como meio de orientação e desmistificação.
Por que é perigoso não ensinar sobre sexualidade na escola

Quando falamos sobre sexualidade e escola, muito se debate sobre a necessidade de não se discutir sobre esses temas para não haver “influência” no desenvolvimento da criança e/ou adolescente.

A escola tem um papel fundamental para o ensino e aprendizagem da criança e adolescente, o que não exclui a importância da participação da família neste processo.

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Estudos sobre abuso e exploração sexual e pedofilia apontam que grande parte dos abusadores são pessoas de confiança e/ou da própria família, e não apenas pessoas desconhecidas.

Portanto, aqui se entende a importância da família conversar sobre sexualidade, para que essas vítimas possam sentir confiança e segurança para fazer a denúncia.

Um ambiente familiar que trata a sexualidade como um tabu não irá possibilitar um espaço para que a vítima possa falar sobre o que está acontecendo consigo.

Abordar sobre esse tema na escola é possibilitar mais um local onde as crianças e adolescentes possam se sentir confiantes e seguras para falar sobre o assunto e denunciar caso estejam passando por uma situação de abuso sexual.

Como foi falado, há casos onde os abusadores podem fazer parte da família, tornando a escola o único espaço no qual a vítima se sentiria segura para conversar sobre o ocorrido.

O ato de ensinar esse público sobre a sexualidade está ajudando a criar novos parâmetros de comportamento sobre como agir frente a situações de violência.

Apesar de a violência ser um dos principais motivos para o debate a cerca da sexualidade como assunto a ser abordado pela escola.

Também seria possibilitado à criança e ao adolescente expressar a sua sexualidade de forma saudável e acolher todas as formas possíveis de expressão, ensinando sobre a não discriminação e respeito às diferenças.

E com isso, devemos ter em mente que os professores e equipe técnica da escola precisam ter conhecimento sobre para onde encaminhar ou quais instituições acionar em casos de violência.

Não falar sobre sexualidade não quer dizer que não irão existir dúvidas. As crianças e adolescentes irão buscar formas de buscar respostas, podendo ser com outros colegas ou pela internet, o que nem sempre vai ensinar sobre uma expressão de sexualidade saudável.

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Então é importante que familiares, professores e profissionais trabalhando com crianças e adolescentes possam abordar esse tema de forma natural e saudável, sendo mais um pilar de proteção.

Mas como falar sobre sexualidade vai, de fato, influenciar no desenvolvimento?

Falar sobre sexualidade não é ensinar ou estimular o ato sexual, não é dar “kit gay” para as crianças ou influenciar a se “tornarem” gay, como é a premissa da ideologia de gênero.

É ensinar as diferenças de gênero, sexo biológico e orientação sexual, promover autocuidado e autoconhecimento do próprio corpo, ensinar métodos contraceptivos, falar sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), entre outros.

Aqui o importante é ter em mente que tudo isso citado não será ensinado para todas as crianças e adolescentes ao mesmo tempo, todo o conhecimento que deve ser ensinado tem como base a idade, à forma como irão ensinar e adequar à linguagem para que a criança ou adolescente possa entender.

Ou seja, o conhecimento será gradual e adequado de acordo com a idade da criança.

Entrar nesses assuntos irá fornecer para a criança ou adolescente a capacidade de primeiro conhecer o próprio corpo, saber se proteger de abusos e/ou exploração sexual, além de possibilitar um espaço acolhedor para esses assuntos, seja no âmbito familiar ou escolar.

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Sobre o autor(a)

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Joao Victor C. Roch

Psicólogo clínico CRP 10/06479, pós-graduando em Sexualidade e gay. Meu intuito é aproximar às pessoas sobre os assuntos da Comunidade LGBTQIA+.
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