Muitos de nós vivemos contextos difíceis, de separações, perdas, mudanças repentinas, sentimentos conturbados, que podem suscitar sofrimento e mal estar.

Obviamente, nossa vida não segue uma linearidade perene e, é comum, até esperado, que saiamos de certas zonas de conforto para experienciar situações diversas, algumas já conhecidas (nem por isso, simples) e outras completamente novas.

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Sendo assim, é comum ficarmos perdidos perante opções, ou a falta delas.

Há pessoas que conseguem conversar sobre com parentes, amigos, profissionais, sem muita resistência.

Porém, alguns indivíduos literalmente se fecham, devido a dificuldade de expor o que se passa, por não encontrarem palavras, acharem que estão incomodando, que ninguém poderá fazer nada, etc.

Realmente, a dor que cada um passa é um processo individual, assim como as tomadas de decisão.

O resultado é visto e “digerido” por cada um de um modo.

Entretanto, se isolar, desaparecer dos contatos, embora possa significar para muitos um momento de respiro, “reajuste”, até conseguir externar, para outros pode suscitar um sentimento de abandono, incompreensão, agravando ainda mais o problema.

Certamente, ter uma boa rede de apoio é diferencial para podermos seguir em frente.

Há quem tenha esse círculo e não consiga aproveitar, por receio, orgulho, falta de jeito de se comunicar.

Convido você a pensar: Você possui essa rede?

A mesma pode ser composta de um amigo que seja, ou um círculo de pessoas.

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O mais importante é que você sinta que tem para quem contar as intempéries, dividir os pesos, solicitar auxílio quando necessário.

E, o mais bonito: que a recíproca aconteça também de sua parte. Uma doação por estima!

Se você acredita que não existe rede de apoio, convido você a refletir: o que houve no seu caminho de desenvolvimento?

Muitos familiares faleceram, amigos se mudaram, você se fechou?

É fundamental esse ponderar, para tentarmos promover alguma mudança.

Provavelmente, nessas circunstâncias, um profissional capacitado, um grupo da igreja, uma associação de bairro, um novo curso, emprego, possam ajudar nessa retomada por vínculos.

Decerto, em nossa sociedade é quase impossível viver à parte de todos.

Claro, precisamos dos serviços do dia a dia, como comer, vestir, pagar nossas contas, o que demanda encontrar gente.

Mas, aqui, a discussão é bem mais profunda. Envolve elos.

Após a pandemia, muitos de nós sentimos dificuldade de retomar as parcerias.

Foram meses de reclusão, marcados por momentos de grande desafio.

Então, é hora de fazer diferente, trazer de volta.

Talvez, não seja possível com alguns relacionamentos, todavia, com outros essa busca seja um combustível para o nosso hoje e amanhã.

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