O que está por trás da compulsão alimentar? É comum, durante a madrugada, levantar-se e ir à cozinha “assaltar” a geladeira, comer doces e outras “besteirinhas” durante o dia todo, não estabelecendo horários certos para as refeições.
Alegar que comer alivia a ansiedade, o nervosismo ou a tristeza.
Porém, quando está alegre igualmente exagera, chegando a afirmar que a euforia abre ainda mais o apetite…
Repete o prato, a sobremesa e quando passeia procura imediatamente um restaurante que ainda não conhecia, ou se direciona à lanchonete já tão rotineiramente frequentada.
Seus pensamentos se voltam para o que vai comer no momento seguinte, como um hábito arraigado.
A voracidade no mastigar
Em algumas ocasiões, o mastigar é voraz, quase não apreciando o sabor do alimento, não dando tempo ao cérebro de reconhecer a saciedade.
Às vezes, junto com as lágrimas caídas, a deglutição desenfreada.
Sem se dar conta, vai adquirindo peso, preocupado com a saúde, ou mesmo insatisfeito com a aparência.
As antigas roupas não lhe cabem e quando se propõe a comprar outras parece que não lhe caem bem.
Esse descontentamento torna-se um mote para que coma ainda mais.
Alguns se sentem incapazes de modificar a rotina, permanecendo estatuados nesse padrão extenuante, para o corpo e para a mente.
Todavia, paremos para pensar: o que está por trás da compulsão alimentar?
O que está por trás da compulsão alimentar?
O vazio interior, a procura incessante, baixa autoestima, a busca em “aparentar ser maior” para enfrentar os desafios do dia a dia, até mesmo a intenção de não ser desejado?
Fatores que podem estar atrelados a uma tendência genética para a obesidade (que se não controlada com dieta adequada, exercícios, tenderá a se estabelecer).
Como podemos perceber, são muitas as possíveis causas “encobertas”. O assunto é de extrema seriedade.
E quem aponta, brincando, não sabe da agonia pela qual o outro pode estar passando.
É necessária uma profunda análise, uma conscientização de seu estado.
Por exemplo, num caso onde a cirurgia bariátrica é recomendada, a mesma não é feita até que o paciente passe por alguns procedimentos precedentes.
Dentre eles, o acompanhamento psicológico, para compreender-se melhor, vislumbrar como serão os cuidados imprescindíveis à sua rápida recuperação, bem como manutenção, além de centrar-se num processo de reequilíbrio.
Compulsão: assunto é de extrema seriedade
Caso contrário, sua compulsão poderá desviar-se para outro foco, como compras, bebidas alcoólicas, etc.
A cirurgia deve ser cogitada como uma das derradeiras opções. Existem alternativas menos invasivas, que necessitarão de muito foco, determinação (devendo fazer real sentido).
O ideal é que haja concentração nos resultados a serem alcançados para que o processo se firme e flua.
Para tanto, não acreditemos em “receitas milagrosas”, soluções rápidas, mas em planejamento, readequação. Por isso, profissionais podem ser requeridos (psicólogo, nutricionista) nessa jornada.
Solicitar orientação para cuidar de si mesmo, é amar-se.
Alimentos com menos calorias, atividade física… Enfim, apreciar-se. Todos temos qualidades lindas a serem identificadas.
Isso para quem sofre com a questão do excesso de massa corpórea, com a compulsão alimentar.
Você não está só. A iniciativa de começar depende de você!
O indivíduo deve ser avaliado como um todo, assim sendo, a saúde física e psicológica provavelmente deverão ser simultaneamente acompanhadas para um tratamento deveras eficaz.
Comentários