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Quais são as consequências do abuso sexual na infância?

Saiba como ficar atento aos sinais que podem identificar situações de abuso ou a exploração sexual na infância e adolescência.
Quais são as consequências do abuso sexual na infância

Afinal, o que é abuso sexual?

Trata-se de situações em que uma criança ou adolescente é invadido em sua sexualidade e usado para obtenção de gratificação/satisfação sexual de um adulto ou adolescente mais velho.

Pode incluir desde carícias, manipulações dos genitais, mama ou ânus, exibicionismo ou até mesmo o ato sexual com ou sem penetração. 

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O abuso sexual deturpa as relações socioafetivas e culturais entre adultos e suas vítimas: crianças e adolescentes ao transformá-las em relações erotizadas, genitalizadas, violentas, comerciais e criminosas. 

Estas práticas eróticas e sexuais geralmente são impostas às vítimas por meio de violências verbais, psicológicas, violências físicas, ameaças ou de induções de suas vontades.

 Qual é a realidade da infância e adolescência no tocante ao abuso sexual no Brasil?

No nosso país o abuso sexual é uma triste realidade, e exige que todos contribuam e tenham atitudes firmes e responsáveis diante da violência cometida contra crianças e adolescentes. 

O abuso sexual ocorre em todas as classes sociais, independentemente do nível de escolaridade, ou crença religiosa e infelizmente ainda é muito difícil de ser descoberto.

Na maioria dos casos os conselheiros tutelares têm atuado com mais frequência junto às famílias de baixa renda, devido a exposição e necessidade maior de acompanhamento já que, as famílias mais vulneráveis são mais observadas no seu dia a dia, e os problemas existentes dentro delas são vistos com maior facilidade por pessoas de fora. 

Essas famílias, normalmente costumam morar em casas sem muros, com vizinhos muito próximos, sem contar que na maioria das vezes as pessoas dormem ou permanecem juntas no mesmo ambiente, contribuindo para que os problemas internos fiquem mais expostos.

Quem pode ser o abusador?

Os abusadores são pessoas com problemas pessoais e mal resolvidos, que precisam mais do que punição, precisam ser acompanhados e tratados, no decorrer do texto você entenderá o porquê. 

O abusador pode ser um desconhecido, porém na maioria das vezes é uma pessoa conhecida, podendo ser até mesmo da própria família, alguém que a criança ou adolescente confia, querida por elas e que geralmente leva uma vida social aparentemente normal.

É bem provável que o abusador também já pode ter sido vítima de abuso sexual. Estudos apontam que de cada 10 abusadores, pelo menos 03 foram abusados sexualmente na infância, e que pelo menos 05 foram vítimas de maus-tratos físicos, combinados com abusos psicológicos. 

A maioria dos abusadores sexuais pertencem ou pertenceram às famílias disfuncionais; vivenciaram problemas como uso abusivo de álcool e outras drogas, violência doméstica, situação de miséria, entre outras necessidades.

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Qual é a diferença entre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes?

Na verdade, ambos se caracterizam como violência ou abuso sexual. A diferença está no fato de que na exploração sexual, existe fins lucrativos. 

Há a utilização sexual das crianças e adolescentes com ou para fins comerciais. Na maioria das vezes, existe a participação de um (a) aliciador (a) que lucra intermediando a relação com o usuário ou cliente. 

Esse aliciador, fica responsável pela produção de materiais pornográficos, como exemplo: filmes, vídeos pornográficos, fotografias, e sites específicos da internet. 

Nesse sentido, é afirmado a exploração de crianças e adolescentes, diferentemente de serem prostituídos, pois elas são vítimas de um sistema de exploração comercial da sua sexualidade.

 Quais são as consequências do abuso e da exploração sexual na infância e adolescência?

Independente da forma do abuso ou da exploração sexual, infelizmente sempre haverá traumas que podem ser irreversíveis.

O sofrimento poderá permanecer para sempre na vida das vítimas. As reações podem começar a ocorrer imediatamente ou depois de um tempo. É necessário ficar atento aos seguintes sinais:

  • Ansiedade excessiva;
  • Dificuldades ou medo de dormir;
  • Pesadelos;
  • Dificuldades de concentração;
  • Comportamento extremamente tenso ou em “estado de alerta”;
  • Perda ou excesso de apetite;
  • Problemas intestinais
  • Comportamentos infantis para a idade;
  • Tristeza, choro, abatimento emocional visível;
  • Choro sem causa aparente
  • Comportamento sexualmente explícito, demonstrando conhecimento sobre sexualidade inapropriado (a) para a idade;
  • Masturbação visível e contínua, brincadeiras sexuais agressivas;
  • Hiperatividade, fugas de casa;
  • Não confiar em adultos;
  • Ideias e tentativas de suicídio;
  • Autoflagelação – machucar-se por vontade própria.

O que deve ser feito após identificar que está ocorrendo o abuso e a exploração sexual?

Identificar o abuso ou a exploração sexual é somente o primeiro passo. É necessário denunciar e exigir que a vítima receba todos os cuidados médicos necessários e tratamentos psicológicos para que possa se recuperar do trauma e da violência. 

A denúncia é a única forma de impedir que o abusador continue com a prática de seus atos e de ser punido pela justiça. 

Infelizmente a maioria dos casos ainda não são denunciados, principalmente quando ocorre dentro do âmbito familiar, tornando mais difícil para que a própria vítima consiga denunciar, por motivos afetivos e emocionais, medo do abusador, de não levarem a sério o relato, por medo de ser expulso de casa ou de ser culpado pela discórdia e conflitos familiares em casa.

Se você teve conhecimento ou suspeita que uma criança ou adolescente está sendo abusado (a), sexualmente denuncie no disque 100. 

Comunique imediatamente o Conselho Tutelar mais próximo, e evite tomar atitudes de falar com a família, pois se o abusador fizer parte do núcleo familiar, poderá encontrar formas de evitar a ação dos profissionais competentes para agir no caso.

Dificilmente uma criança irá brincar ou mentir ou fantasiar sobre abuso sexual. Eles precisam ser ouvidos, se sentir acolhido e seguro para denunciar o abusador e para se recuperar da vivência traumática. 

Portanto denunciar, amar, cuidar, orientar, educar, ouvir, e ter empatia pelas crianças e adolescentes é a melhor forma de evitarmos que surjam mais abusadores no futuro.

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Sobre o autor(a)

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Gabriela Medina

Olá, é um prazer ter você! Meu nome é Gabriela, sou Psicóloga, apaixonada pela profissão e o meu objetivo neste espaço é informar, esclarecer temáticas pertinentes e relevantes a respeito de relacionamentos, de saúde mental, emocional e psicológica.
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