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Massagem para bebês: o poder das mãos que acolhem

Vocês sabiam que as nossas mãos têm poder? Conheça a massagem Shantala e se surpreenda!
Massagem para bebês o poder das mãos que acolhem

O toque é o primeiro sentido experimentando ao bebê, ele se desenvolve deste o momento da gestação, percebam que é muito natural que as mulheres grávidas acariciem as suas barrigas.

Esse contato se estabelece de forma natural é como se elas dissessem para seus filhos está tudo bem, eu estou aqui, sinto você e você também me sente.

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A importância do toque

Devem estar se perguntando como? A resposta é simples através do seu toque.
O toque faz parte da nossa existência, é através dele que somos apresentados ao mundo.

Saímos do conforto e segurança do útero das nossas mães e nos deparamos através das mãos de profissionais da saúde que fazem a ponte para termos o tão sonhado encontro com quem nos abrigou durante aproximadamente 9 meses.

Esta ligação é tão profunda que é difícil descreva-la diante do extraordinário momento que é o evento do nascimento.

É através do toque pele com pele que confirmamos a nossa existência.

Quando o bebê é colocado em contato com a sua mãe, logo encontra o seu lugar e imediatamente acontece a fusão (mãe-bebê).

Essa fusão é tão intensa e profunda que se perpetua ao longo da nossa existência. Ao ter esse encontro mães e filhos ativam os cinco órgãos dos sentidos para se comunicarem.

Os 5 sentidos e o desenvolvimento do bebê

Percebam o primeiro órgão a ser explorado é o tato (queremos tocá-los imediatamente), posteriormente queremos olhar os detalhes (visão), desejamos ouvi-los (audição).

A propósito me lembrei de uma experiência como Doula, no meu primeiro parto a mãe disse “diminui o volume da playlist eu quero ouvir o choro dela”, posteriormente desejamos sentir o seu cheiro (olfato) percebo que para coroar esse momento a amamentação (paladar).

Os seres humanos não conseguiriam sobreviver sem o toque, estudos revelam que o contato pele com pele é tão ou mais importante do que a alimentação.

Por entendermos a importância do toque em nossas vidas e seus benefícios para o desenvolvimento infantil cabe uma frase que sempre escuto dos pais “quando seguro meu filho em meus braços, sinto que o mundo inteiro está em minhas mãos”.

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Agora você acredita no poder das mãos?

Instintivamente as mães sabem que, os seus filhos se sentem protegidos e amados com o seu toque e que ele vai precisar dessa segurança ao nascer.

Não podemos falar de contato sem mencionar o “revestimento” que é o significado que a pele tem para mim.

 A pele nos “agasalha” é o maior órgão do corpo e um dos principais meios de transmissão de estímulos sensoriais para o bebê.

 É sobre esse revestimento tão poderoso que vamos falar, especificamente voltado para técnica milenar descoberta na Índia na cidade de Calcutá.

Apresentada ao ocidente no ano 1970 pelo médico francês Fréderick Leboyer, derivada da técnica da massagem Ayurvédica, que ao andar pelas ruas de Calcutá ficou encantado e totalmente envolvido pela cena que presenciava.

Ele observou uma mãe indiana que se chamava Shantala, massageando o seu filho Gopal, sentada no chão, as margens do rio Tâmisa, ela aplicava movimentos delicados e amorosos em seu filho.

Diante disso resolveu estudar os benefícios e reflexos que está massagem trazia aos bebês e também para os pais.

 “A massagem em bebês é uma arte tão antiga quanto profunda. Simples, mas difícil. Difícil por ser simples como tudo o que é profundo. Em toda arte há uma técnica. Que é preciso aprender e dominar! A arte só aparecerá depois. De fato, ela está ali o tempo todo. Visto que, justamente, ela está além da existência”.

(Leboyer,1995, p. 29).

Não podemos deixar de enaltecer a importância dos cuidados maternos para todo o processo de desenvolvimento infantil como traduz bem Winnicottholding” é o cuidado físico e emocional que a mãe propicia ao bebê.

“Entender que, no ventre materno a criança possui segurança, tendo em vista estar envolvida pelo corpo da mãe e, quando ao nascimento é submetida a uma compressão muito forte, a qual a ”expulsa” para o mundo externo e a deixa frágil”.

Auckett (1993)

Mas se ao nascer a criança tiver contato com esse toque, irá se sentir segura e em seu lugar de conforto. Para Winnicott, “um bebê sozinho não existe”.

Conheça os benefícios da massagem Shantala

Compartilho com vocês alguns benefícios que o toque através da massagem Shantala proporciona aos bebês e aos pais:

  • Deixa o bebê mais tranquilo e ajuda a melhorar o seu padrão do sono.
  • Liberação de endorfina hormônio do prazer que reforça a sensação de bem-estar e calma o bebê;
  • Os bebês se sentem mais acolhidos e seguros;
  • Contribui para o sono mais calmo;
  • Auxilia no alívio das cólicas;
  • Estimula o corpo do bebê a trabalhar de forma integrada;
  • Ativa a circulação sanguínea e linfática, estimulando melhor funcionamento de todos os órgãos e o fortalecimento imunológico.
  • Favorece o desenvolvimento sensório motor, desenvolvendo uma excelente consciência corporal.
  • Contribui para o melhor funcionamento do sistema gastrointestinal e endócrino, reduzindo cólicas, gases e até mesmo o stress do bebê.
  • Estimula e melhora o padrão respiratório do bebê, diminuindo a incidência de doenças respiratórias.
  • Fortalece todo o sistema muscular, trabalha as articulações do bebê e beneficia o desenvolvimento psicomotor.
  • Fortalece os vínculos dos pais com bebês,
  • Traz segurança para os pais;O pais consegue transmitir seu amor;
  • Proporciona aos pais um momento de relaxamento e prazer.

Quando fazer?

As massagens podem ser introduzidas na rotina dos seus filhos a partir 30 dias de vida se o bebê nasceu a termo, se prematuro é necessário a liberação do médico pediatra.

A indicação para auxiliar no sono dos bebês é incorporar a massagem Shantala como parte do ritual do sono noturno, vocês podem fazer antes do banho ou após.

Geralmente é importante que os cuidadores ao fazerem a massagem estejam tranquilos.

Esse é um momento que ambos devem se beneficiar, se atente ao ambiente: procure um local tranquilo, com iluminação reduzida de preferência luzes a amarelas (contribui para preparar a mente/corpo para descanso).

Procurem fazer a massagem no próprio local onde a criança irá dormir, verifique se não há corrente de ventos.

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Utilizem óleos específicos para bebês de preferências naturais, vejam a temperatura das suas mãos.

Não fazer a massagem logo após amamentação aguardar pelo menos 40 minutos.

Quando a massagem Shantala não é indicada:

Existem algumas situações que a massagem Shantala não é indicada e são elas:

Bebê doente, febre, vacina, nascimento de dente, atenção bebês com Refluxo (é necessário utilizar travesseiro para elevar ângulo).

Quanto tempo eu tenho que dispor para fazer essa massagem?

Vocês devem estar se perguntando quanto tempo eu tenho que dispor para fazer essa massagem?

Acreditem pelos benéficos que ela proporciona são poucos minutos, a técnica vai depender do número de vezes que você fizer cada movimento.

Sugiro começar a série levando em consideração o tempo de vida do bebê e ir aumentando gradativamente.

Pelas minhas vivências esses momentos variam de 15 a 30 minutos não é muito tempo pelos benefícios que ela proporciona.

Acredito que, ao sermos tocado, uma sensação de proximidade, afeto, conforto e segurança emana em nós.

Desfrutem desses momentos como já dizia Donald Winnicott, profundo estudioso do desenvolvimento do psiquismo infantil “o melhor ambiente do bebê é a mãe o seu corpo.

Ela é quem provê o necessário para que o bebê crescer e enfrentar esses desafios da vida”.

Referências Bibliográficas:

Leboyer, F. (1995). Shantala: Uma arte tradicional massagem para bebês. São   Paulo: Ground. Leboyer, F. (2010).

Fontes: Winnicott, O ambiente e os processos de maturação: Estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional (pp. 39-53). Porto Alegre: Artes Médicas. (Original publicado em 1960).

 Winnicott, D. W. (1988). A mente e sua relação com o psique-soma. In D. W. Winnicott, Textos selecionados: Da pediatria à psicanálise (pp 409-425). Rio de Janeiro: F. Alves. (Original publicado em 1949)

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Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Londrina, v. 5, n. 1, p. 119-125, jun. 2014

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Sobre o autor(a)

Michelle Correa

Michelle Correa

Olá, eu sou Michelle Corrêa Psicóloga, Doula, Consultora do sono materno infantil e familiar e Instrutora de Massagem para bebê Shantala.
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