Ser mãe é uma jornada incrível repleta de alegrias, entretanto, por trás dos sorrisos radiantes e das fotos encantadoras nas redes sociais, existe uma realidade muitas vezes silenciada: o esgotamento materno.

Este fenômeno, que afeta mães de todas as idades e origens, é um grito silencioso da alma, clamando por compreensão e apoio.

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A maternidade é um papel multifacetado, exigindo malabarismos constantes entre as demandas da vida cotidiana, carreira, relacionamentos e, é claro, a criação dos filhos.

Este estado de esgotamento físico, mental e emocional não é apenas uma fase temporária de cansaço; é uma condição real que afeta mães que enfrentam uma carga constante de tarefas e responsabilidades ligadas à maternidade.

O que é burnout materno?

O burnout materno é uma forma específica de esgotamento, moldada pelas demandas intensas do papel de mãe.

Caracteriza-se por uma exaustão persistente, sentimentos de incompetência, desgaste emocional e até mesmo a perda de interesse nas atividades cotidianas que costumavam trazer prazer.

O peso acumulado das responsabilidades diárias, muitas vezes não reconhecidas, pode se manifestar de maneiras diversas, impactando tanto a saúde física quanto a mental da mãe.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não possui uma definição específica ou diretrizes exclusivas sobre o “esgotamento materno” em seus documentos oficiais.

A saúde mental materna é uma área de crescente preocupação global, pois a depressão pós-parto e outros problemas de saúde mental podem ter impactos significativos na mãe, no recém-nascido e na dinâmica familiar.

A OMS destaca a necessidade de garantir que as mães recebam apoio adequado, educação e cuidados durante a gravidez, parto e pós-parto.

O esgotamento da mãe que fica em casa também pode andar de mãos dadas com a experiência de depressão ou ansiedade.

Embora a grande maioria das mães experimente a tristeza do bebê nas semanas após o parto, a tristeza do bebê também pode continuar até a depressão pós-parto.

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Sinais Cotidianos do Esgotamento Materno

É normal cansar de ser mãe Conheça o burnout materno
Freepik

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o esgotamento materno é uma realidade séria que merece atenção.

O burnout materno pode se manifestar quando as exigências do papel materno tornam-se esmagadoras, afetando a capacidade de lidar eficientemente com tarefas cotidianas.

Vamos explorar alguns sinais cotidianos desse desafio:

Exaustão Constante: O primeiro sinal, muitas vezes subestimado, é a exaustão persistente. O esgotamento é frequentemente resultado do estresse crônico não gerenciado, levando a sentimentos de fadiga extrema e esgotamento físico.

Sentimento de Inadequação: Sofrer com a pressão social e se sentir “não boa o suficiente” como mãe, devido às expectativas impossíveis.

Dificuldade em Lidar com as Demandas: Sentir-se sobrecarregada com as demandas diárias é uma realidade comum para muitas mães.

Cansaço Constante: Mesmo seguindo práticas de autocuidado, se sentir constantemente exausta ao interagir com os filhos pode indicar esgotamento.

Distanciamento Emocional: Os sentimentos de distanciamento emocional em relação à maternidade, é um sinal significativo. A OMS destaca que o esgotamento pode resultar em uma desconexão emocional das responsabilidades maternas, impactando negativamente o relacionamento com os filhos.

Interações Negativas: Concentrar-se apenas nos aspectos negativos das interações com os filhos pode indicar uma visão distorcida devido ao esgotamento.

Perda de Interesse nas Atividades Diárias: O esgotamento materno também pode se manifestar na perda de interesse pelas atividades diárias e na uma diminuição na realização pessoal, afetando sua motivação para atividades que costumavam trazer alegria.

Desejo de “Sair”: Fantasiar sobre saídas que diminuam o contato com a sobrecarga a maternidade, desejando um trabalho remunerado, por exemplo, revela um sintoma de esgotamento persistente.

Impacto na Saúde Mental Geral: A saúde mental é uma peça fundamental do quebra-cabeça. As mães que enfrentam esgotamento estão em risco de desenvolver problemas mais sérios, como depressão e ansiedade, destacando a importância de abordar essas questões de maneira proativa.

Irritação e Gritos Desnecessários: Expressar irritação ou gritar, mesmo quando as crianças estão de bom humor, evidencia a tensão emocional.

Diminuição da Eficácia Profissional e Pessoal: O esgotamento materno não está confinado apenas ao ambiente doméstico. As mães esgotadas podem experimentar uma redução na eficácia pessoal e profissional, afetando a capacidade de realizar tarefas de maneira satisfatória.

A Importância de Reconhecer e Abordar o Burnout Materno:

Identificar o burnout materno é crucial, não apenas para a própria mãe, mas também para o bem-estar da família. Esse esgotamento pode colocar em risco a relação mãe-filho e contribuir para o aumento do estresse e da ansiedade.

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Reconhecer a necessidade de apoio e autocuidado é o primeiro passo. Isso pode envolver a busca de ajuda profissional, como terapia, e a implementação de estratégias práticas de alívio do estresse.

A maternidade é uma jornada compartilhada, e é fundamental criar espaços para que as mães possam se cuidar e, assim, oferecer o melhor aos seus filhos.

Lembre-se, você não está sozinha nessa jornada, e é válido buscar o suporte necessário para prosperar como mãe.

Reconhecer esses sinais cotidianos é o primeiro passo crucial para abordar o esgotamento materno.

À medida que nos esforçamos para construir uma comunidade solidária, é fundamental oferecer apoio e compreensão às mães que enfrentam esses desafios.

A OMS destaca a importância de buscar ajuda profissional quando necessário, garantindo que as mães recebam o suporte necessário para enfrentar e superar o esgotamento materno.

Afinal, uma mãe saudável emocionalmente é fundamental para o bem-estar de toda a família.

Indicação de leitura

Lidar com filhos, nos dias de hoje, implica discutir sexualidade, aceitar questionamentos a respeito da família, lidar com o sofrimento, posicionar-se diante do mundo digital, estabelecer limites, ajudar nas escolhas. Vera Iaconelli, psicanalista e colunista da Folha de S.Paulo, oferece, neste livro, pistas sobre como melhor se aventurar na preocupante tarefa de criar filhos em tempos difíceis.

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