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Isolamento: 10 dicas para diminuir os impactos psicológicos na quarentena

A quarentena é uma ferramenta contra a proliferação de doenças, como na pandemia do século. Mas o isolamento social pode ocasionar alguns prejuízos psicológicos.
Isolamento 10 dicas para diminuir os impactos psicológicos na quarentena

A Psicologia é a ciência que busca estudar e compreender o comportamento humano, tanto a nível individual como também coletivo.

Boa parte da população pode pensar que a Psicologia é restrita ao consultório, mas a aplicabilidade dela é gigantesca.

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Basicamente, aonde há seres humanos, há processos psicológicos envolvidos.

Isso abre margem para a inserção do Psicólogo em diversos contextos, seja no consultório, em empresas e organizações, em hospitais, no esporte, escola, na comunidade, em serviços públicos, no trânsito, no judiciário… enfim, daria pra ficar citando e citando contextos da inserção da Psicologia.

Uma área de interesse de pesquisadores corresponde aos fenômenos psicológicos envolvidos no processo de confinamento ou quarentena.

Não é a primeira quarentena que os seres humanos estão enfrentando, e inclusive essa é uma das principais ferramentas em epidemias, nem será a última.

Compreender como isso nos afeta é muito importante, pois nos possibilita a criar estratégias para lidar nesses momentos.

Um estudo realizado em Toronto após a epidemia de SARS de 2002, identificou em 28,9% dos participantes sintomas de Estresse Pós-traumático e em 31,2% sintomas de depressão¹.

Em um outro estudo relacionado a quarentena de H1N1, os pesquisadores identificaram que as pessoas em quarentena estavam mais propensas de relatarem sintomas de estresse devido ao medo e à percepção de risco.

Esse estresse poderia ser amplificado devido a falta correta de informações e comunicações².

Muito provavelmente quem mais vai sofrer é quem já possui um diagnóstico de depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo. Quem não possui um diagnóstico, vai também sentir.

É algo até esperado que aconteça de nos sentirmos ansiosos, estressados ou deprimidos devido a essa interrupção abrupta de nossos afazeres. Afinal de contas somos humanos.

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10 dicas para diminuir os impactos psicológicos na quarentena:

Eu sei que provavelmente também vou me sentir assim nos próximos dias. Mas podemos fazer algumas coisas para diminuir o impacto na nossa saúde:

1.Higiene

Em primeiro lugar, higiene: Nos mantermos saudáveis vai nos ajudar a passarmos por isso, bem como ajudar as pessoas que estariam envolvidas no cuidado caso ficássemos doentes;

2.Exercício físico

Exercício físico: Existem diversos educadores físicos que estão colocando vídeos nas redes sociais, com alternativas para nos mantermos ativos ainda.

Isso ajuda na nossa imunidade, além de liberar neurotransmissores relacionados ao bem-estar;

3.Alimentação Saudável

Alimentação saudável: Também tem diversas consequências positivas, incluindo nossa imunidade;

4.Cuide das emoções

Não negar as emoções que estiver sentindo: As pessoas vão enfrentar algum nível de estresse ou ansiedade, e negar isso não vai ajudar.

5.Não interrompa seu acompanhamento psicológico

Não interrompa o tratamento: Se você faz acompanhamento em psicologia, não interrompa.

Converse com o profissional e pergunte se ele pode te atender online. Eu mesmo atendo online a um ano e estou fazendo mais atendimentos assim atualmente;

6.Redes Sociais

Redes sociais: Manter-se informado é importante e nos ajuda na tomada de decisões, porém ficar sempre conectado nisso não é legal.

Evite ficar buscando informações sobre a pandemia a todo momento! Isso não irá contribuir positivamente pra sua saúde. Estabeleça um horário no dia para fazer isso, e não se estenda muito;

7.Foque no naquilo que você pode fazer

Foque naquilo que você pode fazer: É fácil ficar remoendo preocupações com o futuro nesse momento.

Você não pode controlar os sentimentos que vão ocorrer. Porém, nós podemos focar naquilo que podemos fazer no agora, colocar nossa atenção no que estamos fazendo agora, seja o que for.

Olhe em volta e nomeie 5 coisas que você vê, nomeie 3 sons que você está escutando, preste atenção no que você está fazendo!

Se estiver passando a roupa, tomando banho, se alimentando ou exercitando, conversando com quem estiver na casa ou pelo celular, preste atenção nisso.

8.Parada de pensamento

Parada de pensamento: Se você estiver se sentindo ansioso e pensando somente em catástrofes, tente falar em alto e bom tom a palavra “Pare!”.

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Foque na sua respiração entrando e saindo, nomeie os objetos ao seu redor e repare nos formatos para focar no agora e naquilo que está ao seu alcance no momento;

9.Estabeleça uma rotina

Estabeleça uma rotina: Para quem não está acostumado com homeoffice, estabeleça um horário pra acordar, para tomar café e para trabalhar. Lembrando também de sair do pijama e de não trabalhar na cama.

10.Se ocupe

Se ocupe: Mas com coisas positivas e construtivas. Diversas instituições, como senai, senac e FGV, estão disponibilizando cursos gratuitos para fazer nesse período. Aprenda a dançar ou fazer alguma receita diferente.

E, por fim, se possível, não saia de casa!

Essas dicas, e diversas outras que vocês podem encontrar por ai, não são milagrosas. Elas muitas vezes vão requerer planejamento e esforço para aplicar, mas podem diminuir os impactos que o isolamento pode causar.

Referências Bibliográficas

¹Hawryluck, L., Gold, W.L., Robinson, S., Pogorski, S., Galea, S. & Styra, R. (2004). SARS control and psychological effects of quarantine. Emerg Infect Dis. Toronto. Jul. Recuperado em 23 de Março de 2020 de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3323345/
http://dx.doi.org/10.3201/eid1007.030703

²Johal, Sarbjit S. (2009). Psychosocial impacts of quarantine during disease outbreaks and interventions that may help to relieve strain. Journal of the New Zealand Medical Association, 122(1296), 53-58. Recuperado em 23 de Março de 2020 de https://mro.massey.ac.nz/bitstream/handle/10179/9559/Psychosocial-impacts-of-quarantine.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

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Sobre o autor(a)

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Gustavo Assi

Psicólogo Clínico e consultor em Psicologia do Esporte pela abordagem Analítico-Comportamental e pós-graduado em Neuropsicologia pela Universidade de Araraquara (Uniara).
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