Durante os jogos olímpicos vimos atletas falando sobre como a saúde mental dos atletas é afetada devido a alta exigência (pessoal e coletiva) pelo sucesso.
Quanto maior a expectativa, maior a exigência, maior a pressão, maior o stress, isso vai minando sua saúde mental.
Basta lembrar daquela pressão que recebe no trabalho e como afeta seu sono, alimentação, humor…
Imagine milhões de pessoas falando “Vamos, esse relatório é pra ontem…”
A cada ano, vemos atletas de alto rendimento falando sobre a importância de uma MENTALIDADE FORTE para tingir sucesso (MAMBA MENTALITY, KOBE BRYANT).
Mas isso não é algo fácil de se atingir. Porque saúde mental não se trata apenas de “treinar a mente”. Existem fatores biopsicossociais que influenciam.
E quando não se atinge o sucesso? Vem a derrota, a decepção, a cobrança ou “fracasso”. É um LUTO.
“O luto é uma forma cruel de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso… Não sabia que a gente chorava com os músculos”, descreve Chimamanda Adichie em seu livro “NOTAS SOBRE O LUTO”.
O atleta precisa elaborar esse luto, essa dor, decepção pessoal e dar satisfação para a coletiva. Um exemplo: Medina não quis passar pelos reporteres após perder a medalha. Ele não se sentiu a vontade no momento. Era seu momento de luto.
Raiva, medo, culpa, são vários sentimentos a serem administrados, ao mesmo tempo que alguém pergunta: “ESPERÁVAMOS MAIS DE VOCÊ”
Tropeçamos; oscilamos entre uma alegria extrema e forçada e a agressividade passiva, TENTANDO se reequilibrar após derrotas, para só assim, transforma-las em aprendizado, aceitação e conseguir dar a volta por cima.
E se você tá falando: “Ah mas nunca teve isso…” Teve sim, sempre.
Só não era noticiado, comentado, discutido. Que bom que de tempos em tempos aparece alguém com coragem de reconhecer ser vulnerável.
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