Estamos em tempo de muita tensão com toda pandemia. Imagino que todas essas notícias sobre o vírus estejam deixando você um pouco apreensivo, não?

É tanta coisa que faz entrarmos em uma sobrecarga de informação ou Síndrome de Fadiga por Informação (IFS).

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Bom, mas o meu objetivo hoje e compartilhar com vocês alguns pontos que pode agravar os quadros diagnosticados de fobias e transtornos obsessivos neste período de isolamento social.

Alguns sentimentos como a impotência, medo e preocupação são normais quando nos deparamos com o desconhecido, ainda mais se este foge do nosso controle, como o caso do COVID-19.

Todo mundo se sente ansioso ou desconfortável de vez em quando.

Mas para quem tem algum tipo de fobia, essa pode ser uma sensação recorrente, tão séria que chega a interferir em sua rotina.

A pessoa passa a evitar certas situações, ou ainda , diante de um acontecimento, pode se sentir tão aterrorizado que fica imobilizado de medo.

Resumidamente, a condição de uma fobia é incapacitante. E os sintomas não podem ser ignorados ou eliminados sem um tratamento.

Quadros de Fobias

Agorafobia a pessoa evita lugares ou situações que possam causar pânico.

Fobia Social a pessoa evita situações sociais, medo de ser julgado, avaliado negativamente ou rejeitado em um situação social ou em um período de avaliação de desempenho.

Fobias específicas são uma categoria ampla de fobias exclusivas relacionadas a objetos e situações específicas.

Como há um número infinito de objetos e situações, a lista é bastante longa.

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Não há uma lista oficial de fobias além do que está descrito do DSM (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), as fobias específicas geralmente se enquadram em cinco categorias gerais:

  • medos relacionados a animais (aranhas, cachorros, insetos);
  • medos relacionados ao ambiente natural (alturas, trovão, escuridão);
  • medos relacionados a sangue, ferimentos ou problemas médicos (injeções, ossos quebrados, quedas);
  • medos relacionados a situações específicas (voar, andar de elevador, dirigir);
  • outros (asfixia, ruídos altos, afogamento).

Os nomes das fobias são derivados da conjunção do nome grego que indica a coisa temida ao sufixo fobia.

Pensando em toda situação atual, será que neste processo todo da pandemia teremos uma nova modalidade de fobia específica? O Coronafobia?

Enquanto aguardamos cenas dos próximos capítulos a respeito deste assunto. É preciso manter as recomendações médicas.

Tratamento

As pessoas que já tem o seu diagnóstico é importante manter o tratamento tanto medicamentoso como o processo de psicoterapia.

A medicação pode ajudar a diminuir sentimentos desconfortáveis.

A psicoterapia ajuda a trabalhar a mudança dos seus pensamentos e sentimentos sobre o objeto ou situação, para que você possa aprender administrar melhor suas reações.

Buscando proporcionar uma melhora na sua qualidade de vida, para que você não seja mais prejudicado ou afligido por seu medo.

Se você acha que pode ter uma fobia que está causando uma interrupção em sua vida, fale com um psiquiatra ou psicólogo para uma avaliação e a melhor opção de tratamento.

Quadros de Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC

Entende-se por obsessão pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa insistentemente, sem que ela queira.

Como um disco riscado que se põe a repetir sempre o mesmo ponto da gravação, eles ficam patinando dentro da cabeça e o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas, que ajudam a aliviar a ansiedade.

Alguns portadores dessa desordem acham que, se não agirem assim, algo terrível pode acontecer-lhes.

No entanto, a ocorrência dos pensamentos obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se num obstáculo não só para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira.

Em geral, os rituais se desenvolvem nas áreas da limpeza, checagem ou conferência, contagem, organização, simetria, colecionismo, e podem variar ao longo da evolução da doença.

As precauções utilizada na prevenção do COVID-19 que estamos vivendo, tem todo o seu devido cuidado e procedimento necessários para a nossa segurança.

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Mas observa a forma que esteja organizando essa prevenção, principalmente, nas orientações de limpeza: lavar as mãos o tempo todo com medo de contaminação, verificar constantemente se a luz está apagada, ficar nervoso quando os talheres na mesa não estão alinhados.

Esses são alguns rituais relacionados ao quadro de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Sintomas

Situações estressoras tanto uma expectativa negativa como positiva podem desencadear sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Por mais que os sintomas são bem típicos, mas entre o seu surgimento e o diagnóstico adequado podem se passar muitos anos.

Estudos científicos falam de 10 a 15 anos até receber o diagnóstico correto, o que prejudica bastante o tratamento.

As pessoas às vezes mantém segredo sobre os seus sintomas por terem noção de que são absurdos, mas fogem ao seu controle, ou acham que simplesmente “são assim”.

Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro psicológico tratável.

Metade das pessoas começa a manifestar sintomas antes dos vinte anos de idade. São raro os casos em que os sintomas começam depois dos trinta e cinco anos.

O termo obsessivo-compulsivo é muitas vezes usado de maneira informal para descrever uma pessoa sem TOC que seja excessivamente meticulosa, perfeccionista ou fixada em alguma coisa.

As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz.

Porém, se uma pessoa resiste a realização de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade.

A pessoa pode perceber que a obsessão é irracional e reconhecê-la com um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento.

Pode ser um problema incapacitante porque as obsessões podem consumir tempo (muitas horas do dia) e interferirem significativamente na rotina normal da pessoal, no seu trabalho, atividades sociais ou relacionamentos com amigos e familiares.

As causas do Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC, não estão bem esclarecidas. Certamente, trata-se de um problema multifatorial.

Estudos sugerem a existência de alterações na comunicação entre determinadas zonas cerebrais que utilizam a serotonina.

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Fatores psicológicos e histórico familiar também estão entre as possíveis causas desse distúrbio de ansiedade.

Tratamento

O tratamento de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) pode ser medicamentoso e psicoterapia.

É sempre importante esclarecer a pessoa diagnosticada e sua família sobre as características da doença.

Como posso ajudar uma pessoa com transtorno obsessivo compulsivo (TOC)?

Não culpe a pessoa pelo que ela está passando;
Incentive a pessoa com TOC busca ajuda médica;
Acostume-se com os rituais realizados por conta do transtorno;
Ajude a pessoa a sentir-se menos culpada com os sintomas do TOC.

Esconder os sintomas por vergonha ou insegurança é um péssimo caminho. Quanto mais se adia o tratamento, mais grave fica a doença.

O mais importante nesse momento de pandemia, para pacientes com qualquer tipo de transtorno de ansiedade, e manter os seus tratamentos.

É importante lembrar as pessoas com diagnóstico do TOC, que estamos vivendo é momentâneo e que o que está sentindo agora é correspondente com a sociedade e não necessariamente está associado à uma doença de base que o levaram ao consultório.

Um forte abraço a todos, fiquem em casa se possível, até o próximo texto…

Comentários

  • Talyni de Jesus Brito
    Responder

    Si que enorme prazer comentar aqui, o que Nós portadores de TOC sentimos, realmente os pensamentos são como um disco arranhado nas nossas cabeças, e por vezes, nos perguntamos por que está vindo isso em minha cabeça, a sensação de morte que me causa é tamanha, que vem as compulsões para aliviar e “Acreditar” que aquilo não irá acontecer, a primeira coisa que quem tem esses sintomas precisa fazer é, entender que algo não está normal nela e que ela precisa de ajuda, há muito preconceito em relação a ir ao psiquiatra, eu mesma tive esse preconceito, e vejo que é pura bobagem, pois eu deixei meu estágio ficar crítico para procurar ajuda, por pura ignorância, mas o essencial é admitir que você está doente e procurar ajuda psiquiatra e psicoterapia, Hoje estou com o TOC controlado e os pensamentos obsessivos raramente vem em minha cabeça, a ajuda da Psicóloga Simone Souza foi essencial para saber o gatilho que causava as minhas manias e pensamentos.

    Amei a matéria, vou mandar para todo mundo!Rsrs

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