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O autismo e algumas descobertas da ciência

Aqui nesse texto iremos conversar um pouco sobre as descobertas do exímio pesquisador Charles Nelson sobre o desenvolvimento de crianças de abrigos.
O autismo e algumas descobertas da ciência

O autismo é um assunto que está em alta no mundo, pois está sendo possível diagnosticar com mais facilidade. Além disso, a prevalência desse transtorno está aumentando ano após ano.

Antigamente as pessoas autistas podiam chegar a falecer sem ter um diagnóstico, principalmente os casos mais leves. Entretanto, os mais severos também permaneciam desapercebidos.

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Muitos familiares por medo do julgamento ou por simplesmente não saber como lidar com aquela pessoa, os mantinham escondidos da sociedade.

Hoje em dia esse cenário é bem mais promissor, mas ainda estamos no inicio do processo inclusivo, há muito o que melhorar.

O Transtorno do Espectro Autista é amplo e singular; nenhum autista é igual ao outro. É como se existem diversos tipos de transtornos dentro do “guarda-chuva” que chamamos de espectro.

No ano de 2020 o BBC News Brasil entrevistou o pesquisador e professor da universidade de Harvard chamado de Charles Nelson.

Ele é um pesquisador do TEA há 12 anos e veio ao nosso país para participar de um estudo sobre o desenvolvimento de crianças de abrigos.

Aqui nesse texto iremos conversar um pouco sobre as descobertas desse exímio pesquisador, combinado?

Embora ainda não se saiba qual é a causa do autismo, aos longos dos anos inúmeras possibilidades surgiram, entre elas que a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) causa autismo.

Nelson foi coautor de um estudo que veio derrubar esse mito que surgiu em 1990, após a publicação de um artigo publicado em 1998 que trazia essa afirmação. Na época o médico responsável pela pesquisa foi penalizado, pois descobriram processos fraudulentos que geraram esse falso resultado.

Na época, no mundo todo, os pais pararam de dar essa vacina para os filhos com medo de tornarem autistas. Olha a tamanha irresponsabilidade do médico e o cuidado que deve ser tomado por todos os profissionais da saúde.

Voltando a falar do Charles Nelson, ele fez um estudo com bebês de 3 meses de idade que tinham irmãos no espectro autista, pois esses teriam mais chances de serem autistas já que sabemos que o fator genético está incluso na causa do TEA.

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Após submeterem os bebês a exames do cérebro, descobriram que era possível identificar padrões de alto risco que indicavam que poderiam apresentar sinais de autismo.

Como conclusão dessa pesquisa afirmaram que por terem indícios do Transtorno do Espectro Autista desde os 3 primeiros meses de vida, fica nítido que os sintomas precisam ocorrer antes dos 12 meses, idade que deve ser tomada a vacina tríplice viral.

Nelson acredita que o autismo se forma lá no terceiro trimestre de gestação, pois é nesse momento que surgem os neurônios e as conexões cerebrais (ainda é uma suposição).

É muito comum os pais se culparem por terem um filho especial, principalmente quando a ciência não bate o martelo a respeito disso. Então diversas teorias surgem para tentar explicar, como por exemplo as mães geladeiras.

Na década de 40 acreditavam que quando a mãe não é afetuosa, não demonstra o amor pelos filhos, acaba fazendo ele se tornar autista. Detalhe ninguém se torna autista e a culpa nunca é de ninguém.

Tudo bem você querer saber a causa do transtorno, mas não tente encontrar um culpado. Nada do que foi feito na gestação causou o TEA, provavelmente ele surgiu no início da formação do bebê e todos nós estamos suscetíveis a isso.

Para refutar essa teoria foi fácil: só encontrar mães que são afetuosas (segundo os padrões da sociedade). Mas tem uma  que ainda não foi refutada: o Fenótipo Ampliado do Autismo (FAA).

O FAA diz que se um dos pais, ou ambos, possuem alguns genes associados ao autismo em pouca quantidade, podem ter filhos autistas.

Hoje em dia foram mapeados 100 genes que podem se combinar de diversas formas e causarem o TEA. Então, para você estar no espectro teria que ter uma quantidade x de genes, por exemplo, se você tem menos não se enquadra no diagnóstico; porém tem mais facilidade de ter um filho/filha autista.

Enquanto ainda não sabemos as causas, precisamos estudar e trabalhar com as informações que temos (que não são poucas). Procure uma avaliação profissional.

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Sobre o autor(a)

Carolina M. Machado

Carolina M. Machado

Psicóloga Carolina M. Machado formada e Pós Graduada em Transtorno do Espectro Autista pelo CBI of Miami. Perita judicial honorária pelo Curso beta. Ama estudar assuntos voltados a Transtornos Globais do Desenvolvimento.
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