Autolesão, cutting, autoagressão, são alguns termos utilizados para se referir ao comportamento de machucar o próprio corpo intencionalmente, sem intenção consciente de suicídio.

As formas mais presentes desse comportamento são cortes na própria pele. Geralmente em partes do corpo como perna, braços e abdômen, queimaduras utilizando de múltiplos artifícios.

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O que é automutilação?

O termo automutilação não é a forma mais assertiva para se referir a esse comportamento, uma vez que ele se refere literalmente a cortar partes do corpo.

Existem muitas problematizações a respeito do comportamento autolesivo. Um deles é o fato de ser observado isoladamente, o que compromete a compreensão de todo campo que está envolvido.

Comprovadamente praticado na sua maioria por jovens, é um preditor de algum evento estressor, alerta de que a pessoa está precisando de ajuda, mas não está conseguindo comunicar utilizando outros recursos.

A adolescência geralmente já é problematizada e estereotipada. A grande questão é que somos seres singulares, apesar de todas as mudanças nítidas que esse período carrega, não devemos focar a atenção somente no momento do desenvolvimento, muitos menos só no comportamento realizado.

É necessário acolhimento e abertura, a pessoa está naquele estado, mas ela não é somente aquilo. É através da validação dos seus sentimentos e na relação com o outro que a pessoa inicia o processo de autoconhecimento.

O jovem que se autolesiona, está dentro de um ciclo, assim como todos nós. Mas, nesse caso não é saudável.

Ele faz isso para se livrar, mesmo que momentaneamente, de algum sentimento indesejável, que causa tamanho desconforto, tornando os machucados feitos uma forma de fuga.

Para o ciclo fluir de forma saudável é necessário haver equilíbrio, que só é encontrando quando a pessoa consegue sair de uma posição fixa, onde não encontra outra saída.

Como ajudar uma pessoa que se corta?

O primeiro passo é identificar o comportamento, depois buscar conhecer todo o contexto em que a pessoa está envolvida, demonstrar interesse genuíno na vida dela, estar atento e disponível para acolher os sentimentos.

Auxiliar na busca por novas estratégias de como estar no mundo e valorizar a sua existência, menos julgamentos.

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A ajuda profissional não pode ser desprezada e pode acontecer de forma multidisciplinar entre psicólogo e psiquiatra com o objetivo de auxiliar na conscientização de si.

Não é uma busca pela cura, mas por uma forma mais saudável de se relacionar consigo e com o mundo.

Importante: Não feche a porta para sua dor, ela pode estar tentando te avisar algo.

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